A principal verdade é que a indústria do tabaco percebeu que pode usar vaporizadores para fazer crianças e adolescentes experimentarem a nicotina - e se viciarem.
Nos Estados Unidos, segundo o Centers for Disease Control and Prevention, o número de estudantes de ensino fundamental e médio que usam cigarros eletrônicos aumentou em 1,8 milhão em apenas um ano - de 3,6 milhões em 2018 para 5,4 milhões em 2019. Os usuários já são 27,5% dos estudantes de ensino médio. (Centers for Disease Control and Prevention)
E essa não é a única verdade a ser dita, temos outras.
"Vapes", "vaporizadores" ou “dispositivos eletrônicos para fumar” englobam cigarro eletrônico e tabaco aquecido que, muitas vezes, para melhorar o gosto e aumentar o consumo, ganham sabores e adoçantes, facilmente adicionados aos cartuchos de tabaco, e nicotina.
A tecnologia não invalida a possibilidade do usuário ter a saúde prejudicada, especialmente por problemas pulmonares.
Segundo a Associação Americana do Coração (American Heart Association), os cigarros eletrônicos também contêm substâncias nocivas para a saúde e associadas com doenças.
Os vaporizadores também são responsáveis pelo aparecimento de uma nova condição que provoca lesões no pulmão e pode levar à morte. Essa síndrome já tem um nome: Lesão Pulmonar Associada a Produto de Vaping ou Cigarro Eletrônico, conhecida como Evali (E-cigarette or Vaping product use-Associated Lung Injury). Cigarros convencionais, narguilés e dispositivos eletrônicos para fumar também aumentam os riscos para a Covid-19, com agravamento do quadro pulmonar, além do fato de que fumantes podem ser mais acometidos por infecções respiratórias por outros vírus e bactérias.
O fato é que a indústria do cigarro quer convencer a opinião pública, os pais e as autoridades brasileiras que os vaporizadores fazem menos mal que o cigarro convencional, para ter a comercialização liberada no Brasil.
Mas a realidade é que o cigarro eletrônico ou de tabaco aquecido não afasta os fumantes do fumo - ao contrário, pode ser usado para atrair novos consumidores.
É uma tecnologia que vicia e mata. Por isso, não podemos permitir que seja liberada para ser comercializada. Simples assim.
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